Uma vez eu escutei que “não se
escolhe quem se ama”, eu pergunto: “Será?”. Mas será mesmo? Será que se você
não tivesse se deixado conhecer ou procurado conhecer a pessoa que você diz
amar hoje, você hoje a amaria? Eu falo com todas as letras: “Com certeza que
não”, você sinceramente acha que ao vislumbrar o olhar de uma pessoa você tem a
certeza que ficarão unidos para sempre e blá blá blá? Sem sequer que essa
pessoa consiga trocar duas palavras com você? Não sejamos hipócritas, o olhar é
o primeiro passo, mas sem a conversa, que é o segundo, os passos seguintes
nunca virão, e aquilo que você julgava ser “Amor à primeira vista”, não passa
de uma pura e simples atração, certo? Se esta pessoa que te atraiu sumir, você
provavelmente voltará a dar uma olhada mais ávida na próxima que se mostrar
interessante, e nunca mais pensará nela outra vez.
Eu me acho racional demais, ou
simplesmente um babaca – alguns mais românticos estão pensando assim, acredito
eu, e provavelmente já parou de ler –, desacredito piamente nisso, também vamos
lá, como posso gostar verdadeiramente de alguém que não sei o nome, o que faz,
o que gosta de fazer, o que costuma fazer, aonde vai, com quem vai, etc. Isso é
atração, culpa dos nossos instintos selvagens. Mas acredito na conquista,
aquela piada sem graça que faz a outra pessoa sorrir, a conversa fiada, os
toques, compartilhar gostos, ou somente divergi-los, às vezes só procuramos
alguém que nos completa e não uma cópia sua.
Então, por favor, parem de
falar coisas sem lógicas, pois, mesmo que o amor seja construído por um monte
de coisas sem lógicas, é ilógico gostar – ok, “amar”, estamos falando de amor –
de alguém que você não conhece, antes de começar a ficar ilógico no
"amor", necessitamos de alguma lógica, e se deixar conhecer é o
segundo passo, nem sempre acaba no “amor”, mas com certeza é parte crucial
dessa caminhada.
18/04/2012