Três Memórias

Difícil falar de um sentimento que mal desfrutei, amei por três vezes na minha vida, não nego, três vezes intensas, marcantes e todas elas não correspondidas... Uma vida tão anti-amorosa vivi, regado a meus caprichos de ficar por esporte, prazer e desejo, sigo na estrada, um eterno solteiro que amou, mas sempre quebrou a cara, acho que é alguma punição do tempo... tantas pessoas já fiz sofrer que quando chegou meu dia de “caça” nas três vezes fiquei arrasado, desiludido, mas notoriamente apaixonado. Na eterna promessa de nunca mais amar, meu coração me trai e quem sabe uma quarta vez possa amar? Afirmo que hoje não amo ninguém, não posso dizer o mesmo amanhã... ah! Maldita insônia que me apavora, fazes-me pegar na caneta e escrever sobre coisas do meu passado, presente e futuro, incerto este último e o que mais me apavora.

Não sei afirmar como agirei nessa quarta vez, são coisas da vida que somente vivendo é que conseguirei responder, tentarei agir com a razão, mas sei que nessas horas o coração fala mais alto... Minha mente fala pra mim:

-        Escuta-me faças isso, siga a voz da razão.

Meu Coração:

-        Por mais que tentes querer escutar a mente, no final é sempre a mim que recorres, que escutas e segue os passos, pode no fim dar errado, mas terá a certeza que fez o que te parecia certo.

Escutei meu coração três vezes... complicado amar e não ser amado, sentimento este que nunca tive o bel prazer de sentir em conjunto, apenas sozinho...

05/05/2009